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Elemento Água - Vasto e Profundo Azul


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No elemento Água não tem como não sentir o Azul. Ah, este Azul, como diria Mercedes Sosa. Tão vasto e misterioso como o céu, em uma sensação de atração imensa e de medo como o Oceano. O que se esconde por debaixo da superfície da água? Mesmo na simples poça, os olhos não alcançam, mas se contemplando o céu e o mar se alcança paz e unidade e o coração se expande junto. E assim nosso mundo interno, impossível de acessá-lo conscientemente. Misterioso e insondável como a própria vida, porque a água é o lugar do desconhecido, tão assombroso e surpreendente ao mesmo tempo.

Na Astrologia os signos de Água são Câncer, Escorpião e Peixes. E a água é esse mistério, da onde tudo veio e da onde tudo vai e se funde, como no ciclo do eterno movimento. É essa força vital feminina que transborda, que penetra, que se molda, e que nutre o ambiente mais seco e árido, e que supera todos os obstáculos.

Por isso signos dado aos sentimentos e à cura, é algo que é instintivo e inconsciente, que foge às regras e conceitos, que foge ao eu, mas que penetra no outro e se funde emocionalmente, e entende o sofrimento, as paixões e o amor. É o elemento da ligação, da conexão. Sente o que o outro sente, e assim empáticos e capazes de acolher e sensibilizar.

São sensitivos, possui o que se chama de pressentimento, que está para além da razão, porque se conectam com a “atmosfera”, como se tivesse algo não visível e conseguissem captar nas entrelinhas, nas emoções, na conexão com a unidade da vida.

Sonhadores, necessitam de momentos de privacidade devido a esta permeabilidade, para acalmar seu interior, para fazer mergulhos profundos e encontrar seus tesouros, seja enfrentando as mais estranhas criaturas ou no êxtase universal, ganhando aquele reflexo dourado e luminoso quando a água e o sol se encontram.

As gotas têm necessidade de proximidade para se tornarem uma unidade, e assim, sentem-se instintivamente conectadas aos outros e temem experiências que requeiram um senso de separação e autodefinição. A água não tem uma definição sozinha, ela é porque unida. É o que nos liga a todos, em nossos sofrimentos e aspirações. E ao mesmo tempo essa dualidade de terem que se proteger e viver em um mundo de privacidade para se reabastecerem, por já terem tanto se doado, mesmo que sutilmente.

A água é sensível e penetra com temor e também com amor, e o amor é o princípio curativo. São os três E´s: a Empatia e Envolvimento Emocional. E os três S´s: Sentimento, Sintonia e Sutileza. No amor que cura as relações, de tão sutil, mas capaz de penetrar na mais árida terra. E no medo, que nos envolve com seu desconhecido e distanciável mundo secreto e capaz de produzir destrutivamente o sofrimento.

Personalidades sonhadoras, magnéticas, desconhecidas. Atraentes, impenetráveis em seu misterioso ser, capaz de mergulhos trazendo profundas e vastas reflexões, como este Azul da cor do céu e do mar, que cura, que nutre.

Muita água no mapa a pessoa fica suscetível a essa “penetrabilidade emocional” do ambiente e dos outros, por isso a necessidade de se proteger e achar meios de manter a privacidade e canalizar suas emoções por meio de atividades sensíveis e contemplativas.

Pouca água pode produzir secura, superficialidade e não se deixar afetar pelo meio circundante. Muitos banhos e óleos essenciais, filmes e dramas ajudam a perceber a alma humana, tão vasta e misteriosa, e aprender sobre empatia.

Fico imaginando como seria tudo um deserto sem as emoções, sem o carinho, sem o amor. Sem a capacidade de não se emocionar, daquelas lágrimas que escorrem, que quando sofridas lavam a alma e quando de alegria nos carrega de um êxtase indescritível. “Ay, este azul. Que ha llegado a iniciarme en la luz. Con campanas de assombro tal vez, habitando lo que nunca fue.”


Azul, uma cor tão amada, tão bela, tão triste. Intensa e capaz de nos provocar calma e paz interior, transcendendo num mundo imaginário e sensível.


Cristina Marques - Hora Estelar


 
 
 

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