Aquário - dar Voz ao Distante Céu Estrelado
- Cristina Marques

- 19 de dez. de 2020
- 3 min de leitura

Na série Signos - no Jardim das Estrelas, depois da árdua tarefa de deixar tudo em ordem e planificar no signo de Capricórnio chega o coletivo signo de Aquário. A terra e as ferramentas de trabalho estão prontas, o gelo do solo endureceu, já é possível sair de casa e se encontrar. Depois do trabalho feito é tempo de rever amigos, trocar ideias, e juntos irmos pensando o que fazer quando chegarem tempos vindouros. Juntos podemos organizar algumas coisas: fazer mutirões, campanhas em prol de alguma comunidade, formar grupos de trabalho, aproveitando o potencial de cada um. Podemos criar alguma tecnologia nova, empreendimentos cooperativos e ter ideias de como a sociedade poderia ser modificada para que promova um bem-estar maior e aumentar a consciência coletiva.
O signo de aquário é aquele que trás as NOVIDADES. Com seu desapego com relação às formas, inova padrões sociais, científicos e psicológicos. É o signo das INVENCIONICES, e muitos astrólogos dizem que é das Tecnologias. Mas reduzir aos eletrônicos é pouco...inventar tecnologias materiais, meios, modos de expressão, de comportamento. É quebrar barreiras e criar algo não ainda experimentado. Essa capacidade de renovação pode ser genial, original, mas por outro lado também meio esquisita. Possuem uma abertura para o desconhecido, por isso parecem amistosos mesmo quando não os conhecem bem, pois são capazes de experimentar.
Possui várias palavras-chave com D: “Diversificação Criativa, Diferente, Desapego, Descontinuidade, DISTANCIAMENTO”. Essa busca pelo novo, pelo fazer e ser diferente, é muito interessante porque os padrões não se repetem, porque há questionamentos da tradição, mas por outro lado pode ignorar tudo o que foi construído com bastante esforço e simplesmente romper pela inquietação de mudar, e estabilidade demais pode “lhe dar nervos”, e daí não ser capaz de moldar, moldar algum projeto seu ou aproveitar o que veio do passado. Simplesmente rompe e simbora pra outra. Por isso o signo relacionado à liberdade individual: de pensamento, de sentimentos, de ação, de modos de expressão. Essa liberdade individual de nadar contra a corrente é interessante porque lhe possibilita estar aberto a novos e inusitados caminhos, na busca pela reforma verdadeira, mas por outro lado pode ser do contra e rebelde só por questionar mesmo, não levando em consideração suas próprias necessidades emocionais e a realidade prática do dia-a-dia, bem como a dos outros. Ficando muito no mundo da “cabeça”: é a ideia, a teoria, o conceito, a novidade que move. Por isso excêntricos, que quer dizer FORA DO EIXO, e como não fazem questão de serem o centro, o coletivo é sua casa, e a sensação de ser o centro pode lhe deixar deslocado. É um paradoxo em sua vida como ser do grupo e como ser diferente ao mesmo tempo. Na necessidade da afirmação coletiva e receoso de parecer egoísta, trazendo uma modéstia que pode emperrar. Quando não concorda com as teorias do modo como o mundo, os comportamentos deveriam ser, sente-se um estranho, se rebela e parte para outra. E o sentimento de pertencimento já não existe, começa a surgir um sentimento de inadequação, um vazio e uma angústia…
Os Aquarianos devem lidar bem com a questão do DISTANCIAMENTO que permite ser ele mesmo, estar no coletivo, ser diferente porque se quer ser, e a partir de si, reformar o afora, senão sofre questionando por demais, já que é uma mente inquiridora do potencial humano.
Como uma clareza de céu estrelado em um dia de inverno, precisa dessa amplidão, de espaço, de visão, de distanciamento e, apesar de sociáveis, intimidade demais os podem sufocar. Distanciamento também tem a ver com estar no futuro e se esquecer do presente...é planejar e sonhar e estar bem longe. Ele precisa desse distanciamento como uma luneta para OBSERVAR o céu, como para observar os comportamentos humanos e as teorias, mas precisa de algo que o conecte com a realidade cotidiana. Esse distanciamento também tem a ver com essa impessoalidade social: sabe os grupos que se participa, as ações conjuntas, o objetivo é a tarefa e o social, não necessariamente as pessoas em si. É louco isso, mas é. Não que não sejam próximos, mas se vinculam muito mais com a ideia de amizade do que a pessoa em si. Com o todo muito mais do que com as partes. Mas mesmo assim, há lealdade e comprometimento - aos seus entes queridos e a causa a que se propõe. São civilizados, verdadeiros cidadãos do mundo, agindo com calma e imparcialidade, compreendendo a liberdade de cada um, assim como ama a sua própria.
Como aqueles habitantes em uma noite fria de inverno que partiram para olhar às estrelas do céu noturno e insights iluminaram suas mentes, trazendo criativamente ideias para a Terra.
Cristina Marques - Hora Estelar

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